segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Disparos



Encarcerado em mim, fartei de suportar, aguentar aquilo que não é meu, resolvo por um ponto final na questão. Era hora de acabar. Chovia, chovia intensamente, eu tinha andado ás voltas pelas ruas e alguém me tentou vender uma arma, recusei, receava que se aceitasse poderia cometer uma loucura. Continuei ás voltas e só parei no café da esquina por a chuva tinha aumentado de intensidade, nem entrei no café, não queria beber, tinha uma tarefa para cumprir. Eu tremia, mas o frio não me incomodava, a minha mente sim essa elouquecia-me. Depois como que do nada voltei atrás comprei o revólver, estava enfurecido havia me lembrado do passado e da tristeza que era o presente, era mesmo tempo de acabar. Abri a porta do prédio, ainda tinha a chave, subi a escadaria a correr, queria acabar com isto rápido enquanto estava decidido a faze-lo, não seria um fim mas sim um outro ínicio. Encontrava-me encharcado dos pés á cabeça e quando entre na sala de tua casa vi-te nua acabaras de sair do banho. Temi que mesmo tendo as culátras do revólver cheias este não fosse funcionar, mas afastei a gabardina tirei o revolvér e disparei á queima roupa, segundos depois caíra no chão. Atirei sobre mim, apenas queria que visses o meu novo começo.

Um comentário:

Kah' disse...

Um Novo começo,um novo ano, mas a vida continua, é sempre a mesma. Não a podemos recusar. Mas podemos muda-la para melhor.

Por isso, se fores, vai mais longe. Se fizeres, faz diferente. Se rires, ri até chorar. Se sonhares, sonha mais alto. Se arriscares, arrisca tudo. Se pensares, pensa por ti. Se mudares, muda tudo.

Alguem mo disse, e agora digo-te a ti. A tua vida és tu que a fazes. E disparos não são solução.

Feliz 2008. Que vejas os teus desejos realizados*