Sentado sozinho no chão de uma rua deserta, recordo do passado e suspiro pelo alívio do presente. Já perdi e já ganhei, mas agora nada importa. Apenas procurar as novas conquistas, e conseguir, apenas levantar-me depois de perder e nunca suplantar o desejo de querer mais, e rasgar os silêncios prolongados com uma gargalhada profunda, pois afinal de contas também sabe bem estar só, mas dói estar só, mas estar acompanhado é para estar só depois e estar só agora é para se estar acompanhado depois. E travo este meu ímpeto com mais um grito e menos uma lágrima, e sossego a vontade de abraçar o silêncio que deixas-te no feliz espaço do meu ser vagabundo. E recordo apenas as palavras que um dia serão certas, ou erradas, mas serão silêncio cravado na felicidade do meu estar só.
Um comentário:
"E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De que outro amor impossível que há-de vir!" florbela espanca
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